Prédios antigos reformados são grandes, baratos e bem localizados.

O mercado imobiliário aquecido, somado ao grande número de prédios vazios na cidade, despertam o interesse de construtoras pela reforma de edifícios antigos para revenda.

Chamados de "retrofit", esses imóveis chegam a custar metado do valor de apartamentos novos. Além disso, geralmente estão localizados em regiões centrais e são mais espaçosos que as construções atuais.

Além do Centro, bairros antigos e com boa infraestrutura de transportes, como a Vila Mariana e o Ipiranga concentram o maior número de iniciativas de recuperação de edifícios em São Paulo, segundo as construtoras.

A reforma de um prédio dura cerca de um ano, tempo menor que o de construção de um edifício a partir da planta. Mas a busca por uma empresa séria é fundamental, pois a reforma pode esconder reparos mal feitos.

"Algumas vezes,  reformamos prédio que foram até mesmo alvo de invasões. Por isso é importante recuperar toda a estrutura do edifício, como tubulações e rede elétrica", explica Henrique Staszewski, sócio da construtora Centro Vivo.

DESVANTAGEM
Apesar do menor custo e de outros benefícios, os "retrofit" apresentam algumas desvantagens em relação aos apartamentos novos. A dificuldade de se instalar áreas de lazer e de serviços é um exemplo.

"A falta de garagem é o mais difícil de resolver", diz Staszewski, isso acaba atraindo um perfil de comprador que busca, o metrô como principal forma de transporte.

A documentação também exige atenção especial. "É importante verificar a matricula de construção em um cartório de registro de imóveis e solicitar certidões que comprovem a idoneidade do vendedor", orienta o advogado Edwin Brito, especialiesta em direito imobiliário.