Metro quadrado mais barato aquece mercado secundário em SP.

A venda de imóveis usados cresceu 26% no primeiro trimestre deste ano em São Paulo. A alta foi de 6% no mesmo período do ano passado. Os dados são da Lello Imóveis, administradora de imóveis da capital paulista.

A urgência dos compradores pela moradia é um dos fatores que têm estimulado o crescimento do mercado secundário de imóveis.

"Os imóveis de terceiros têm a vantagem de serem disponibilizados praticamente  no ato para os compradores", destaca Roseli Hernandes, diretora da Lello.

Outro fator é o preço mais em conta que os dos novos.

Ainda segundo levantamento da empresa, na cidade de São Paulo, o metro quadrado de um imóvel usado pode ser 20% a 50% mais barato que o de um novo na mesma região.

Desconfiança
A desconfiança quanto ao mercado financeiro e às construtoras é outro fator que aproxima o público dos imóveis usados.

"Os bancos cobram muitas taxas para financiar o imóvel na planta e eu tinha medo porque via muitos casos de atraso na entrega na TV", afirma a aposentada Ruth Oliveira, 70, que comprou um apartamento reformado no centro e São Paulo em 2012.

"Queria algo que eu pudesse comprar e entrar."

Pode ver o imóvel antes do negócio tranquiliza o comprador, de acordo com Roseli Hernnades, da Lello. "Ele sabe exatamente o que está comprando e, por isso, a chance de se arrepender depois é menor", diz.

Retomado
Imóveis reformados na justiça por inadimplência podem ser uma alternativa para quem procura preços mais baixos. O cuidado, no entanto, deve ser redobrado nesses casos.

O problema, afirma a ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação), é que, depoide de retormar os imóveis, os agentes financeiros não se dão ao trabalho de despejar o morador.

O encargo leva tempo, traz custos e, depois da compra, passa a ser do novo propreitário do local.

Uma precaução recomendada pela entidade é visitar o imóvel. Mesmo uma caixa de papelão no meio da sala pode indicar que ele está ocupado. Se assumir o risco, o ideal é tratar primeiramente com o ex-dono. Caso isso não surta efeito, deve-se levar o caso À Justiça.